ATRASADO (cinco dias e cinco noites)
Passaram cinco dias e cinco noites sobre o Dia da Mulher. Há quem diga que é um dia machista; há quem diga que é um dia feminista; há quem diga que dia da mulher é todos os dias; há quem o consteste por, na teoria da igualdade, não existir também o dia do homem; há quem...
No que me toca, não acho bem nem mal. Acho que, se existe, celebremo-lo.
E eu celebro-o, com cinco dias e com cinco noites de atraso, citando um dos mestres da literatura actual, o Nobel chinês Gao Xingjian no seu «A Montanha da Alma»:
«Acabaste? pergunta ela.
Sim, acabou, dizes tu.
Ela diz que não pode suportar esta história.
Porque é uma história de homens.
Há histórias de homens e de mulheres? pergunta ela.
Dizes que, naturalmente, há histórias de homens, histórias que os homens contam às mulheres e histórias de homens que as mulheres gostam de ouvir. Tu perguntas-lhe quais são as que quer ouvir.
Ela diz que as tuas histórias são cada vez piores, cada vez mais triviais.
Tu dizes que é precisamente o mundo dos homens»
No que me toca, não acho bem nem mal. Acho que, se existe, celebremo-lo.
E eu celebro-o, com cinco dias e com cinco noites de atraso, citando um dos mestres da literatura actual, o Nobel chinês Gao Xingjian no seu «A Montanha da Alma»:
«Acabaste? pergunta ela.
Sim, acabou, dizes tu.
Ela diz que não pode suportar esta história.
Porque é uma história de homens.
Há histórias de homens e de mulheres? pergunta ela.
Dizes que, naturalmente, há histórias de homens, histórias que os homens contam às mulheres e histórias de homens que as mulheres gostam de ouvir. Tu perguntas-lhe quais são as que quer ouvir.
Ela diz que as tuas histórias são cada vez piores, cada vez mais triviais.
Tu dizes que é precisamente o mundo dos homens»